A curiosidade matou o gato. Ou o despertou para a realidade.
Tenho uma lembrança muito bonita da minha infância. Eu talvez tivesse uns 4 anos de idade na época.
Lembro-me da minha mãe, sentada à beira da cama, e ela estava lendo um livro. Eu olhei para o livro, olhei para ela e, então perguntei:
- Mãe... O que você está fazendo?
- Eu estou lendo.
- Eu também quero ler.
Minha mãe sorriu.
- Sim, quando você aprender a ler, você vai poder ler todos os meus livros.
E foi assim que a magia aconteceu.
É assim que coisas boas e ruins acontecem o tempo todo. Pelo exemplo. Minha mãe sempre teve (e ainda tem) o hábito da leitura. Eu a via lendo, e percebia ela tão feliz enquanto o fazia que, sentia cada vez mais a curiosidade sobre o que ela estava fazendo.
Aprendi a ler tão depressa, porque ela havia prometido que me deixaria a ler TODOS os livros dela.
Os exemplos nos moldam quando somos crianças. Somos moldados pelos nossos pais, pelas nossa cultura, pelos nossos amigos. Somos influenciados, quer queiramos ou não, por quem está ao nosso redor.
Há uma frase da qual gosto muito:
"O adulto criativo é a criança que sobreviveu".
Acreditem, a leitura instiga a imaginação de toda criança, seja ela adulta ou não.
Imaginar cenários, personagens que estão somente na nossa cabeça, todas essas coisas, ajudam desde cedo, a ser mais criativo.
As crianças também despertam a empatia, o que é muito bom para toda a comunidade. Além disso, melhora a fala e consequentemente, a escrita. Tudo isso em conjunto, gera um bom círculo de relacionamentos, tanto entre pais e filhos, quanto alunos e escola, crianças e o meio social. Todo pequeno leitor faz com que haja uma mudança extraordinária ao seu redor. Uma mudança criativa.
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