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  • Foto do escritorBárbara Seibel

ERA UMA VEZ, UMA MÁQUINA DE ESCREVER

Atualizado: 20 de mar. de 2020

Abrindo as portas para vocês saberem como tudo começou!


Antes que você desista das suas melhores ideias, lembre-se, que elas são apenas suas, e de mais ninguém.




Essa aqui foi a minha companheira desde os meus quinze anos. Meu pai, em um belo fim de tarde, depois do trabalho, chegou em casa com ela. Lembro-me que ele disse algo assim " Ela é sua. Agora você não precisa mais escrever a mão." Acho que foi uma das frases mais lindas da minha vida.


Desde aquele dia, presumo que ele tenha se arrependido da escolha desse presente, porque eu me trancava no porão de casa e ficava até perto das onze horas da noite. E eu fazia muito barulho por causas das teclas, porque as minhas mãos não eram tão rápidas para acompanhar o que a minha alma me ditava.

Minha mãe adorou a ideia de que eu escrevia historinhas e quase sempre, eu a pegava folheando algumas páginas rasuradas, afinal, quem conheceu uma dessa invenções nada tecnológicas, sabe que além de fazer barulho ao digitar, ela não permite que você apague quando houver algum erro.



Alguém acreditou em mim, quando me deu esse objeto metálico cheio de histórias para contar. Alguém acreditou em mim, quando me viu escrevendo naquele porão até quase a meia noite. Alguém acreditou em mim, quando leu o que eu estava escrevendo e me perguntou quando eu terminaria para continuar a ler a parte final.

Hoje eu sei, que se não fosse por tudo isso, minha alma não transbordaria de gratidão. Escrever não é uma tarefa difícil. O que realmente é difícil é entender o que se passa em sua alma e conseguir transcrevê-la para um pedaço de papel. O curioso em tudo isso é saber que as história acabam, mas as palavras, não.


Para mim, escrever é uma forma de amor que vai além do tempo, das sensações e de qualquer outra coisa no Universo. É voltar-se para dentro, onde tudo começou.

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